Residência Artística Revolue | Boobam

Residência Artística:Revolue.

Por dentro do processo criativo.

Revolue.

Quais questões e temas tangenciam a sua prática artística?

“Sempre coloco o comportamento humano como ponto de partida
na minha prática. Tenho
um profundo interesse
em observar as pessoas e acompanhar as mudanças
de geração e atitude ao
longo do tempo.”

Imagem do destaque

“Viver em São Paulo
é estar imerso em
um caos que oscila entre o luxo e o lixo
e é essa dualidade
que tento retratar
em minhas obras.”

“Meu objetivo é expor o que está dentro de
nós, as emoções e os segredos que muitas
vezes escondemos. Gosto de deixar minhas
telas inacabadas, acredito que elas refletem a natureza em constante evolução de todos nós.”

Conte um pouco mais sobre o seu processo, inspirações
e referências.

“Caótico, expressivo e elegante.”

“Meu processo artístico é não ter um processo. Apesar de ter uma base sólida em técnicas desde a infância, evito seguir um padrão. Prefiro experimentar, deixar o acaso e o "sem querer" guiarem meu trabalho, permitindo que algo novo e surpreendente surja.”

“Minhas inspirações vêm de diversos lugares fora da arte tradicional. Não tenho um artista favorito, nem de estimação; em vez disso, observo chefs de cozinha, artesãos, monges budistas, lutadores de artes marciais, designers de produtos...”

“Cada técnica e filosofia que encontro nessas áreas é incorporada ao meu trabalho, criando uma mistura única
de influências. Gosto de utilizar uma variedade de materiais, desde lápis e canetinhas até tintas, spray, giz de cera, carvão, silk screen e outros suportes
não convencionais.”

Onde começa, por onde passa e onde termina seu trabalho artístico?

“Meu processo criativo pode começar com a observação ou simplesmente com a presença diante do suporte, seja uma tela ou uma parede. Não sei exatamente o que vou pintar até estar cara a cara com o suporte em branco. Deixo que o próprio suporte "me diga" o que deseja e começo a aplicar minha criatividade de maneira livre.”

“Durante o processo, a obra absorve
todas as minhas experiências, sentimentos
e autocríticas. Eu decido quando a obra está pronta para ser compartilhada com
o mundo, seja por meio de uma venda, exposição ou outro motivo.”

“Até lá, tudo pode ser alterado. Mesmo uma tela criada há dez anos ainda pode sofrer transformações enquanto permanecer em meu estúdio, aguardando o momento certo para ser revelada ao público.”