Residência Artística:Caligrapixo.
Por dentro do processo criativo.
Residência Artística: Caligrapixo | Boobam
Como você chegou a arte e como ela chegou a você?
“Sou um artista que veio da periferia do extremo da Zona Leste de São Paulo, um lugar distante de museus e centros culturais. Talvez a arte pública mais próxima do meu bairro esteja a 15 km de distância.”
“Algo que me despertou para existência
da arte foi a pixação. No começo da
minha alfabetização isso foi algo que mexeu muito comigo: me fazia questionar como uma tipografia em uma parede era tão criativa e singular.”
“Aquilo me atraía muito, como que por
trás de letras existia uma criação e estilização tão diferente das letras que
eu aprendia na escola? Assim, meu interesse nas artes foi sendo despertado. O meu trabalho fala sobre territórios, urbe, cotidiano e as relações entre tudo isso, além de ser extremamente confessional.”
Conte um pouco mais sobre o seu processo, inspirações e referências.
“Minha inspiração vem muito do meu cotidiano, já o processo é totalmente intuitivo. Só tenho como ponto de partida minha paleta de cores, a pintura simplesmente acontece...”
Onde começa, por onde passa e onde termina seu trabalho artístico?
“O meu trabalho começou muito gráfico, foi se desconstruindo com o tempo e ganhando muitas camadas, sobreposições, texturas e se aproximando da pintura abstrata. Atualmente minha produção fala sobre o gestual e o movimento dentro dessa pintura. O trabalho está em constante mutação.”
