Vintage is the new-new. | Boobam

Qual foi a peça mais incrível que já passou pelo acervo de vocês e por quê?

“De mobiliário, a poltrona
MP-97 de Percival Lafer
é uma queridinha minha,
tenho até uma em casa.
Acho ela genial em termos
de simplicidade de desenho,
beleza e conforto. De objeto, os castiçais desenhados por Palatnik para a Silon são uma raridade que só vi 2x na vida e arrematei em ambas. Um dos pares ficou na minha casa, o outro trouxe para umquarto.”

– umquarto

“Um biombo de jacarandá e taboa da década de 60, que o Sérgio Rodrigues tinha desenhado para um casal de amigos, com certeza era uma peça única. Este é o ponto crucial do vintage: a questão de ser único e não em série.”

– Casa Teo

“Não se fazem
mais peças como antigamente”: saudosismo,
verdade ou um
pouco dos dois?

“Verdade. Hoje se percebe que, mesmo com o progresso tecnológico, alguns processos eram muito mais bem feitos no passado. Se ele já durou 50, 60 às vezes 70 anos, não tem preocupação: é de qualidade e irá durar mais uns bons anos.”

– Apartamento 61

“Um pouco dos dois. Antigamente o tempo das coisas era outro, a vida não corria tão depressa e isso se refletia no esmero com que o trabalho artesanal era feito. Além disso, tem a questão da matéria-prima. Principalmente em se tratando de madeiras, até o século passado havia uma grande disponibilidade e abundância no Brasil de madeiras muito nobres.”

– umquarto

“É claro que hoje existem designers produzindo trabalhos de primeiríssima qualidade, mas de maneira geral o mercado está tomado pela produção em massa de itens de baixa qualidade.”

Quais são os maiores desafios de garimpar no Brasil?

“Checar a fonte, a origem e se as informações recolhidas são verdadeiras. Por fim, e mais importante ainda: verificar se a materialidade da peça em si reverbera a sua autenticidade, ou seja, é necessário ver e rever ao vivo.”

– Pé Palito