Uma série de 100 pares de esculturas em formas de réplicas de armas de brinquedos explorando inúmeras temáticas deste universo (Ben 10, Hello Kitty, Batman, Homem Aranha, etc). Esta é uma segunda versão da obra original “Arma Branca”, que traduzia utilizando a técnica de injeção de argila líquida em moldes de gesso, resultando em um painel compacto com 100 armas distintas esmaltadas em preto. Esta obra recebeu o Prêmio Marcantonio Vilaça em 2011 e teve a sua origem diante de uma pesquisa em Belém/PA, a qual o artista Laerte Ramos visitando a Casa das Onze Janelas (antigo forte militar), e o Museu do Forte, se deparou com objetos escavados que faziam parte da coleção desta instituição Cultural. Cerâmicas Marajoaras e Armas de época, habitavam o mesmo acervo em exposição, duelando sobre culturas, territórios, defesas, etc. Após esta temporada em Belém que o artista apresentou um projeto de cerâmica e performance na Casa das Onze Janelas de nome “re.van.che”, quando voltou ao seu studio, começou a trabalhar na fusão destes dois elementos (armas Vs cerâmica), resultando na conquista deste renomado prêmio. Como resultado da premiação, a instalação completa das 100 armas foram doadas a Casa das Onze Janelas fechando um ciclo de observação e pesquisa do artista nesta região. Depois de mais de dez anos, o artista retoma os mesmos moldes utilizados para a instalação “Arma Branca”, e traz este projeto para um outro lugar de conflito. Aqui, utilizando o molde fracionado em duas partes, e trocando a característica da argila, agora em massa, o resultado gera duas metades separadas que formam um par semelhante por formas e cores. Na ponta dos canos das armas são confeccionadas explosões fakes, como se estivessem retorcidas, e apontadas uma a outra, como em um duelo ou confronto de apontamento. Estes canos explodidos fazem parte de um repertório de desenhos animados antigos os quais as explosões eram ingênuas, não machucavam de verdade como nos desenhos do Perna longa, Pica Pau, Tom & Jerry assim como seriados antigos do Batman dos anos 60. É comum na pesquisa de Laerte este exercício de voltar a reflexão a uma obra/série antiga e de retomar estes projetos com outras técnicas e abordagens com novas camadas.