Retroland é uma série de pinturas em que o artista Laerte Ramos desenvolve a partir de 2021. Utilizando madeira de reflorestamento como suporte (madeira compensada) o artista busca nesta superfície, uma rigidez para receber suas pinturas além de um material com aglomeração de memórias: tipos de madeiras diferentes, camadas, sessões e reuso. A
utilização desta madeira, também é uma referência as suas matrizes de xilogravura, técnica que Ramos explorou intensamente no início de sua carreira. Nesta obra, as pinturas possuem um formato de paisagem (horizontal), que ao mesmo tempo se fecha em quadrinhos, como nos gibis e revistas que vendem em bancas de jornais. As tintas utilizadas nesta série são a base de água, permitindo uma pintura mista entre o chapado e o aquarelado, sobreposições e manchas. A opção de utilização de tinta a base de água se dá pela condução fluida que a própria água permite, ativando por meio de pincéis sujos e também os potes de água para lavar os pincéis, criem memórias e conexões entre uma pintura antiga e uma recente - conectando de forma contínua as pinturas desta série. Laerte que também trabalha com escultura, entende que sua pintura automaticamente se transforma em um objeto, por meio de
uma montagem sofisticada adicionando acrílico, parafusos à pintura sobre madeira. Neste caso, existe uma ação de perfurar a pintura depois de pronta, um ato incomum, quase um vandalismo, para depois ser fixado a chapa de acrílico. Nestas chapas, são gravados desenhos de um diário que o artista desenvolveu durante a sua primeira residência artística em Paris
em 2001, que durante seis meses tinha como proposta desenvolver 10 desenhos por dia, resultando em um livro especial com 1.650 desenhos. Nesta série, Ramos resgata estes desenhos e transforma em gravações a laser por sobre suas pinturas, referenciando novamente o desenho e a gravura, que vibram por sobre a pintura dependendo do comportamento da luz do espaço, refletindo um jogo de sombras criando novas relações de imagens nas pinturas. Trata-se de uma série dinâmica, com muitas camadas de memórias ativas resignificando os materiais e matérias utilizadas para a confecção das obras. Vale lembrar que os parafusos de aço que ligam a pintura a gravura em acrílico possui uma distância significativa, que faz uma alusão ao lapso de tempo entre a construção dos desenhos em 2001 às pinturas de 2021-2023 - por isto o título da série: RETROLAND (paisagens, territórios, terras, tempo, etc). Cada pintura
possui uma numeração especifica (#0023 p ex.), indicando qual desenho deste livro foi utilizado para a gravação no acrílico. O livro CIDA (Cité Internationale des Arts) ja foi lançado e acompanha a pintura adquirida. Obrigado, Laerte Ramos
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