As esculturas da série Biomonólitos investigam a interseção entre as formas e a natureza. As composições trazem uma fluidez natural, mas também a estabilidade e solidez de estruturas antigas. A relação com a força é central nestas construções. Suas formas robustas, que flutuam entre o abstrato e o antropomórfico, carregam uma sensação de presença e de resistência. Cada figura, embora desprovida de detalhes anatômicos reconhecíveis, transmite uma energia primitiva, quase animal. As peças trazem uma reflexão sobre a permanência das formas primordiais e sua relação com o corpo e o espaço, como se a natureza e a memória coletiva se encontrassem nessas figuras sólidas, mas carregadas de vida.