Assim, aquilo que vemos como "raízes ancestrais" é parte do cotidiano do povo etíope.
O fotógrafo Henrique Schmeil, por meio de sua capacidade insubstituível de se inserir em uma cultura de forma profunda e significativa, realizou uma série de retratos de etíopes durante uma de suas viagens à Etiópia.
A série Tizita já publicado pela NOWNESS, retrata uma das nações mais antigas e independentes da África, ao lado da Libéria, que teve uma breve colonização e por tanto possui muito dos seus traços intocados. Suas cores - verde para a terra, amarelo para a esperança e vermelho para o sangue - encapsulam sua história de crescimento natural e orgânico. "Tizita," uma coleção fotográfica de 2020, capta a essência das comunidades do Vale do Omo.

O termo "Tizita" em amárico traduz um sentimento profundo de saudade e nostalgia, refletindo uma memória coletiva e uma conexão universal através das gerações de músicos etíopes. Henrique, por meio de suas lentes, reimagina uma era passada, livre da colonização, exaltando as expressões culturais e tradicionais de uma liberdade sem limites. A série é uma celebração da unidade e ressonância cultural, unindo o passado e o presente da Etiópia através da melodia eterna de "Tizita".