Esta edição é é inspirada nas matizes do álbum “Head Hunter”, de Chet Baker.

Na série “A Culpa é do Jazz”, Leonardo Maciel coleta de arquivos de jornais da década de 1920, manchetes onde culpava-se o jazz por toda sorte de infâmias. A narrativa denúncia é uma tentativa de jogar luz sobre o terror midiático que manipula opiniões e orienta ações há mais de um século. A cultura do absurdo é reflexo das novas verdades e a história não se repete, mas rima quando por vezes princípios morais são postos em cheque e o “pecado” sempre está no outro.

Para Maciel, somos permanentemente duais, mas recalcamos o lado bestial para que nossa vida e civilização sejam possíveis. Isso é uma concepção importante, porque nos faz entender que somos cobertos por um certo verniz, e que não é preciso raspar muito para que apareça aquilo que é completamente contrário a tudo o que entendemos como civilizado, bom e belo.